quarta-feira, 9 de abril de 2008

Picaretas custe o que custar

Custe o Que Custar, ou CQC, é a prova cabal de que a picaretagem dominou o mundo. Da proposta à veiculação, a atração que vai ao ar semanalmente na TV Bandeirantes é o último refúgio de um público supostamente inteligente; que se assume como diferenciado; que, enfim, tem seu "entretenimento de qualidade" nas telas da TV aberta. Ah, essa falsa cultura me dá preguiça. O programa de Marcelo Tas e cia faz a alegria daqueles que não conseguem rir do Zorra Total, mas isso não significa que seja o novo Monty Python. Aliás, tudo o que os programas de humor no Brasil não sabem fazer é utilizar o humor com certa ironia. O comediante nativo é um elefante indiano no palácio de Buckingham. Mesmo no quadro mais celebrado, a participação de um repórter que vai para a reportagem sem se preparar, não se vê nada além de má educação de meninos mimados e não um quadro de humor. Rir pode ser o melhor remédio, mas não dá para rir a qualquer custo. Não com mais esse programa de TV.