quarta-feira, 13 de agosto de 2008

E se Paulo Coelho fosse Deus?

Subjugado em seu país por críticos e intelectuais (muitos deles pseudos), Paulo Coelho parece não ter medo, ou não se importar com nada.
Uma biografia (“O Mago”, de Fernando Morais), um novo livro (“O vencedor está só”) e uma boa (ótima) matéria na Rolling Stone Brasil. O Editor Chefe, Ricardo Franca Cruz, mais uma vez dá um baile nos Idiotas da Objetividade que tanto gosto de maldizer.

Não li todos os seus livros. Não sou fã incondicional, mas posso dizer que das obras que li (vão me xingar porque escrevi que são obras! Ai! Uma pedrada!), gostei. Se é falado em “falta de forma” na escrita do autor, eu coloco que, nesse caso, o que toca as pessoas é a simplicidade e a pureza dos conteúdos que ele abrange e, com eles, consegue trazer tantas semelhanças à tona...
A maioria das pessoas gosta de identificar-se com personagens em geral. É isso que vende. E o que importa se Paulo Coelho é seu maior marketeiro (ou vendedor)? Se Tufi Duek, por exemplo, cria um jeans, ele quer vende-lo, promover a marca e se promover, não é mesmo? Ora, os consumidores compram e não estão nem aí com quem estão ajudando e os fashionistas e outros criadores de jeans não ficam gritando que o Tufi faz isso por causa própria... Então, qual é o problema de ler Paulo Coelho e deixar que ele se torne cada vez mais... digamos... “rico”?

O que me faz pensar mesmo é a última frase da reportagem da RS de agosto. O autor pára o Editor e pergunta: “você acredita em Deus?”. E então eu me questiono em tom de sarcasmo: e se Paulo Coelho fosse Deus e estivesse fazendo um experimento sociológico com a sua criação?

Provavelmente os críticos e (pseudo) intelectuais estariam todos reprovados. Ou não.