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sexta-feira, 18 de abril de 2008
Mormaço global
Nesses tempos, a imprensa, sempre ela, tem feito uso de estratégias apocalípticas para conquistar seus leitores. É a cultura do medo, como disse aquele teórico usado como fundamento do documentário deliquente de Michael Moore. Isabella Nardoni? Nada disso, incauto leitor. Falo, sim, dessa coisa chamada aquecimento global, esse movimento quase tão nefasto como o rock nacional - com o agravante de não ter rendido sequer boas canções. Muito ao contrário. Serviu, sim, de plataforma política. No ano passado, 11 em cada 10 especialistas queriam salvar o mundo desse fenômeno que, a rigor, foi criado pelo looser Al Gore. Quer dizer: o sujeito não consegue ganhar uma eleição de Bush e decide, out of the blue, criar um movimento que se transformou, fenômeno kitsch que é, em enredo de escola de samba. Ai, que preguiça, diria Macunaíma, nosso único e verdadeiro herói porque carecia de caráter. Os canalhas menores do aquecimento global, agora rebaixado para mormaço, também precisam refazer as contas sobre fim do mundo.