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domingo, 25 de julho de 2010
A tragédia e a farsa, ou: o complexo de vira-lata rides again
Karl Marx escreveu que a história se repete ora como tragédia, ora como farsa. Há oito anos, quando Rubinho Barrichello deixou Schummacher tomar à sua frente não foram poucos os que acusaram o piloto brasileiro de fraqueza; falta de galhardia; carência de altivez. Em síntese: chamaram-no de banana.
Hoje foi a vez da farsa. Fernando Alonso, piloto da Ferrari, ultrapassou Felipe Massa, também da Ferrari, numa cena no mínimo absurda. E eis a lição final: não sabemos até hoje como reagir quando somos desonrados pelos ex-colonizadores. São anos e anos de submissão e não é porque o crescimento do PIB nacional superou as expectativas; ou porque o Brasil é a bola da vez; ou, ainda, porque sediaremos a Copa do Mundo e as Olimpíadas que deixaremos de ser tíbios perante o estrangeiro.
É claro que se trata de uma provocação. Em tantas outras situações, inclusive na questão do papel internacional do país, melhoramos nossa auto-estima. Mas não adianta. A sina parece ser a do vira-lata.