segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um índio



Na voz de Caetano Veloso, "um índio descerá de uma estrela colorida brilhante (...) e as coisas que ele dirá, fará não dizer assim de um modo explícito". Para o bem ou para o mal, esse não foi o caso de Índio da Costa, apontado como vice da chapa de José Serra na corrida presidencial deste ano.

Qual foi o problema? Ele mandou brasa contra o PT, fazendo acusações brabas contra o partido da Dilma. Pelo que se nota na repercussão da mídia, ele não foi pautado a respeito. Pelo contrário. Agora, os adversários querem sangue e Marina Silva, olimpicamente, alfineta acusando a baixaria da campanha.

Algo me diz que, para além das palavras fortes (para dizer o mínimo), o que existe é certa impaciência da oposição em tomar a dianteira. Como isso não tem acontecido tão facilmente, resta para o PSDB disparar petardos e navalhadas contra o PT. Ocorre que tal estratagema tampouco tem gerado resultado. E os tucanos correm o risco de ficarem como uma espécie de Felipe Melo em jogo contra a Holanda; ou, ainda, como um macaco armado em dia de fúria.